Desvio padrão?

Em dados recentemente publicados, apenas números citados e começamos realizar comparativos entre cidades, regiões do país e até continentes, sem nenhum rosto, nome ou história de vida interrompida.

Reduzir vidas a dados numéricos e acreditar que uma cova grande possa enterrar o problema sem deixar vestígios é assustador.

Um vírus invisível e reações aparentes que reúnem aqueles que não acreditam na realidade, aqueles que preferem ignorá-la, as vítimas diretas, as indiretas que perdem entes queridos e sofrem o luto em quarentena, aqueles que procuram saber os nomes e as histórias contidas nos registros estatísticos, os que buscam a cura, os que sabotam qualquer chance de isolar o problema, os que sofrem a saudade, os doentes de outras enfermidades que relutam buscar tratamento com medo de serem contaminados, os que ajudam por acreditar ser um dever cristão, os que tiram vantagem e sentem satisfação.

É muito lado em questão, muitos pontos a defender razão, enquanto histórias de afetos são destruídas,  desafetos sem escrúpulos, e suas calculadoras de corpos seguem a contabilizar um desvio padrão.