Desarmonia
Versos pedem alforria Fogem, deixando sem sentido a poesia Provocam desespero ao poeta Suas palavras reunidas, não dizem absolutamente nada Falta rima, sentido, alegria Rabiscos tornam-se apenas rabiscos Emoção esvai-se por entre dedos que sinalizam o adeus... Bailam em movimentos singelos, ao sabor do vento que espalha seu perfume e Dissolve a essência que um dia cativou... Reverso que atormenta o poeta Perdeu-se em descaminhos Insiste num dilema de versos desconexos Palavras que não combinam Pesadelo que não finda De versos em agonia Sabia falar de amor quando extasiado do sentimento encontrava-se Trocava juras eternas a tantas musas que cortejava Aplacado foi um dia por aquela mulher menina Sem notar, partiu em pedaços seu coração Não deu tempo para explicação Recolheu cacos da contradição Poesia de amor é perfeita, mas se tua alma é desfeita Não tem rima nem verso, Nem energia do universo Que harmonize ecos de tamanha solidão... Renata Rimet
Enviado por Renata Rimet em 29/04/2011
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